A primeira semana de agosto se tornou simbólica para mamães e profissionais da saúde do mundo inteiro. Adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (UNICEF), esse período do ano é dedicado à promoção e defesa da amamentação. Neste ano, 120 países se uniram para apoiar a causa que apresenta a temática “Apoie o Aleitamento Materno por um Planeta Sustentável”.
Mas apesar de tanta exposição e discussões na mídia, muitas mamães ainda ficam em dúvida sobre a importância da amamentação tradicional. Afinal, existem tantas fórmulas modernas no mercado, será que o leite materno ainda é tão indispensável? A resposta é simples: Sim! Não apenas por todos os benefícios nutricionais – que são inúmeros – mas também pelo desenvolvimento promovido pelo ato de mamar.
Leite materno: uma fórmula única
O primeiro aspecto que a gente precisa levar em consideração é justamente as vantagens nutricionais do leite materno. Em um período de pandemia, onde estamos sempre discutindo nosso poder de imunidade, essa questão fica ainda mais relevante. Pouca gente sabe, mas há uma troca de microbiota da saliva do bebê para a mamãe durante a amamentação. Isso indica ao sistema imunológico da mãe quais anticorpos devem ser produzidos e passados para o bebê na próxima mama.
Só por esse exemplo, é fácil entender que o leite materno vai muito além dos componentes básicos (proteínas, carboidratos e gorduras), mas é uma receita rica em substâncias imunomoduladoras que varia de acordo com a necessidade específica de cada bebê.
Por mais que as fórmulas evoluam em relação à nutrição, o leite artificial não consegue reproduzir esses aspectos com tamanha precisão, sendo uma opção imunologicamente imatura se comparada ao leite materno.
Amamentação auxilia no desenvolvimento
A qualidade nutricional é importantíssima para promover o correto desenvolvimento do bebê. Porém, como a minha área é a odontologia, quero falar um pouquinho mais sobre outros benefícios que interferem diretamente na formação da arcada e futura saúde bucal.
Mamar no peito promove um intenso exercício mandibular que fortalece toda a musculatura da região da face, (principalmente língua, bochecha e lábios) e é extremamente importante para o desenvolvimento correto das estruturas ósseas e as funções relacionadas à sucção, deglutição, respiração e, futuramente, à fala e mastigação da criança.
Por mais que as mamadeiras pareçam mais práticas e confortáveis, o bico funciona apenas como um dosador, fazendo com que o bebê não faça o esforço necessário para garantir o desenvolvimento adequado de todas as estruturas. Além disso, o bico gera uma alteração prejudicial no posicionamento de língua.
Importante, mas não é fácil
Apesar de compreender todas as vantagens, nem todas as mamães conseguem oferecer o alimento. Entre os problemas mais comuns estão possíveis problemas na produção do leite e até algumas dificuldade quanto à pega, ou dores.
Então a minha dica de hoje é a seguinte: existem muitos profissionais, entre eles pediatras, odontopediatras e fonoaudiólogas, capazes de diagnosticar e corrigir possíveis problemas em relação à amamentação para garantir esse importante alimento. Como mães, nós precisamos ficar atentas a todas as possibilidades e tentar ao máximo não recorrer às fórmulas. Porém, caso elas sejam inevitáveis, tentar dar de maneira combinada com o leite materno, quando possível.
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